quinta-feira, 10 de março de 2016

O primeiro dos medos


“E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” Hebreus 2:15.

 
O fato é que todos temos medo. Podemos elencar muitos tipos e tamanhos, mas no final, mesmo o menor deles nos lembra do medo primeiro, que é o medo da morte. Freud nos ensinou que somos os únicos seres vivos a termos consciência da morte e que o inconsciente não aceita um não como resposta, por consequência, não aceita bem o fato de que vamos morrer. Deve ser por isso que a ciência investe pesado nas fórmulas da juventude para retardar esse momento ou, pelo menos, nos iludir com essa impressão.  
      
      A grande questão é que por querermos viver uma vida longa e feliz ficamos cada vez mais aterrorizados com a ideia da morte e o problema é que o medo, ele mesmo, nos escraviza em vida. A psicanálise nos lembra que vivenciamos a morte todos os dias. Por isso nosso medo é diário. Não apenas medo da morte de entes queridos ou de nosso próprio fim, mas a morte manifestada em perdas. Medo de perder o viço e beleza da juventude, de perder os sonhos, a sanidade, a esperança. Temos medo até mesmo de ter nossos desejos atendidos e não saber mais para onde ir e pelo que lutar. Perder é morrer um pouco. Se frustrar também.
     
      A Bíblia nos fala de um Deus que se fez pequeno, se fez humano com a finalidade grandiosa de nos oferecer sua morte e também, sua ressurreição. A morte não o venceu. Ele teve medo, mas não se tornou escravo. Na sua vitória nos promete que se não tivermos medo da morte é nela que seremos libertos da escravidão e nela emergiremos em nova vida, eterna, livre e plena. 

Em sua morte e ressurreição ele nos liberta da escravidão do medo. “Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á” Lucas 17:33. Que morramos todos os dias Sua morte, para vivermos Sua vida. 

4 comentários:

  1. Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.
    Eclesiastes 3:11

    To amando o blog!
    Comentei no texto anterior mas to apanhando pra abrir minha conta do Google
    Sula =)

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  2. Tão belo... Vivendo com pés na terra e olhos ao céu, ansiando pelas coisas que são eternas. Anelos de eternidade são um modo de aceitar a morte como portal para chegar ao nosso país. É suportando a vida com seus medos e dores transitórios esperançando o porvir.

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    1. É isso mesmo Dgarim!!! saudades das nossas longas e edificantes conversas. Bjos

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